terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Alê e Mirella...



A partir de hoje eu vou contar a história de um casal. A vida deles é praticamente uma comédia romântica. Alexandre e Mirella são engraçados e apaixonados um pelo outro. Se encontram depois de várias tentativas frustradas com outras pessoas, que nada tinham a ver com o que eles são de verdade, com a essência dos dois. Finalmente e inesperadamente, o destino os coloca frente a frente e o inevitável acontece: os dois corações se encontram...


Mirella é uma garota romântica e maluquinha que adora escrever em diários. Ela é estudante de moda e seu sonho é trabalhar com arte. Sua família sempre lhe proporcionou viagens, cursos e uma vida confortável. Tem um bom nível cultural e adora livros. Por causa de uma crise financeira na empresa do pai, ela se vê em dificuldades e sem os privilégios que o dinheiro pode proporcionar. Porém, esse fato não tira sua alegria pela vida e a vontade de ser feliz. Gosta das coisas organizadas, às vezes é extremamente metódica e tem memória de elefante. Antes de conhecer Alê, namorou uns caras esquisitos por isso ficou absurdamente surpresa quando descobriu que finalmente encontrou um cara... normal! Ela adorou isso.


Alexandre é dois anos mais novo que Mirella e adora fazer piadas com isso. É meio distraído e vive perdendo as chaves de casa e esquecendo coisas e compromissos. Quando conhece Mirella ele acaba de entrar na faculdade. Acha um absurdo alguns livros terem mais que cinco páginas e prefere jogos de internet à assuntos de Administração. Sua família é de origem humilde e, embora tenha nascido em uma capital, foi criado a maior parte de sua vida, no interior. Depois dos 18 anos seu padrão de vida deu um pequeno salto e agora ele pode dizer que tem uma vida bastante confortável. Seu sonho é ser rico (o que também é compartilhado por Mirella) e vive procurando meios de montar um negócio realmente promissor e que lhe permita ganhar uma pequena fortuna em pouquíssimos anos. Também escreve em diário. Depois de dois anos e meio sem namorar sério ele ainda não pensava nisso. Mas, em um dia desses qualquer, Mirella apareceu em sua vida e ele simplesmente esqueceu desse detalhe.



Embora pareçam duas pessoas bastante diferentes e realmente são, Alê e Mirella definitivamente são atraídos justamente pelas diferenças. Ao mesmo tempo, se acham inacreditavelmente parecidos, com sonhos, idéias e pensamentos semelhantes. Os amigos acham que formam um casal divertido e são sempre surpeendidos com algo engraçado e diferente. Todo mundo acredita que eles combinam. Eles também pensam assim.

sábado, 16 de janeiro de 2010

T... P... M...



A explicação para o... anh... desabafo anterior.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Aaarrrrhhhh!!!



QUE ÓDIO!! QUE RAIVA!! QUE ÓDIO!! QUE RAIVA!!
VONTADE DE GRITAR COM TODO MUNDO E QUEBRAR COISAS!!!
E GRITAAAAAAAAARR!!! E QUEBRAR COISAS!!
QUE DROGA!!! QUE DROGA!!!
QUE MELECA!!! MELECA!! MELECA!!!
AAAARRRRRHHHHHH!!!!!
PUTA QUE PARIU!!! QUE DROGA!!!!
EU... ODEIO... ODEIO... O-DE-I-O!!!
QUE ÓDIO!!!
QUE DROOOOOOOOOOOOOOGAAAAAAAA!!!!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

E já que falamos de Piauiês...



A Arlinda me pediu pra escrever um texto falando do nosso Piauiês, pra postar no blog dela do Vooz. Eu escrevi, ela colocou lá e as pessoas gostaram. Comentaram bem o meu texto. Então eu coloquei aqui pra vocês verem também. Espero que gostem.


Assunta aí! A Arlinda Monteiro, colega do curso de jornalismo, foi morar em São Paulo pra fazer especialização. E num é que acharam que a bichinha falava esquisito? Mandaram ela parar de falar esse tal de Piauiês e conversar direito. Hum... Hum-hum! Eles é que não sabem a valia que tem nossas palavras...

Durante o curso de jornalismo, nós falamos muito nessa dita-cuja Globalização que, pra facilitar mais a comunicação, todo mundo ia ter que falar parecido. De preferência, uma língua só. Tipo esse Inglês aí, metido a besta.


E apois... Se é pra todo mundo falar do mesmo jeitim, eu voto pro Piauiês ser a língua universal.


Marminino! Tem coisa mais bonita do que ver duas amigas se encontrando e uma dizer pra outra: “Quequiá, mermã?”.


E o nosso gargurau ? É comida de toda versidade. O povo que vem de fora, chega fica de olho grelado quando vê, bem na rosca da venta, uma Maria-Isabel quentinha, acompanhada de paçoca e um pedação de carne-de-sol em cima. Ui... Chega dá na fraqueza, depois.


E isturdia, eu encontrei um livro que se intitulava “A Grande Enciclopédia Internacional de Piauiês”, do jornalista escrinche Paulo José Cunha.


E modos que, eu li que ele ajuntou todas as nossas expressões, as que só eram ouvidas e faladas por essas bandas e levei um espanto.


Arre égua!! Só a gente é que sabe falar essas coisas bonitas?? Porque, num é querendo fobar não, mas... A gente fala bonito, né não siá?


Foi aí que eu tomei entendimento de que o resto das pessoas tinha que experimentar também o sabor de nossa piauiensidade e resolvi usar o jornalismo pra isso.


O sucesso do rádio de pilha foi a revista Gargurau que nós produzimos na UESPI. Ela reunia o nosso Piauiês e um de comer de ótima qualidade. E no meio desse aribê de comida boa, nós colhemos as preferidas, aquelas que chega a gente come de capitão, e contamos suas histórias e receitas.


Fizemos pesquisas, visitamos o Mercado da Piçarra, onde a Paixão faz sarapatel, mão-de-vaca e buxada de bode como ninguém. Dizem que a comida é reimosa. Mas piauiense que é piauiense, num acha isso não.


Tá certo que, em pleno Bê-erre-ó-bró, comer um prato de baião-de-dois com sarapatel, mão-de-vaca e farinha, no pino do mei dia, é pra quem é muito apresentado. Mas também é bom que chia!


Então, a maior lição que tiramos de todos esses estudos é que, devemos valorizar o nosso quintal. O máximo que podemos. Assim como também temos que aceitar o modo de falar e os costumes dos outros brasileiros. Não há nada mais bonito do que esse taipeirão de sotaques, jeitos e expressões diferentes. E no final de tudo, somos todos a mesma coisa. Somos todos brasileiros.


P.s: Arlinda, manda esse povo parar de frescar com tua cara. Eles querem ser demais. São muito é bom de taca! Que marmota é essa?! Se tu te importar, tu num vale uma cagaita podre! Piauiense é piauiense... E boi num lambe!


Porrunchêro, mermanzinha! Quando tu der fé, eu tô por aí!


GLOSSÁRIO PIAUIÊS

Assunta: Presta atenção.
Bichinha, bichim: forma carinhosa de se referir às pessoas.
Hum... Hum-hum: onomatopéia com vários significados. Aqui eu quis dizer, “coisa sem propósito”.
Valia: importância.
E apois: E então.
Marminino: Ora essa!
Quequiá?: O que é que há? Como vai?
Gargurau: comida.
De toda versidade: de todo tipo.
Olho grelado: arregalado, fixo num ponto.
Rosca da venta: na frente, na cara.
Maria-Isabel: um arroz, tipo carreteiro, feito com pequenos cubos de carne-de-sol muito bem temperados.
Paçoca: depois de frita a carne-de-sol é pisada no pilão com farinha de mandioca e cebola até ficar em fiapos.
Carne-de-sol: carne colocada pra secar no sol.
Dar na fraqueza: bateu forte (a comida).
Isturdia: outro dia.
Iscrinche: coisa ou pessoa elegante, alegre.
Modos que: de modo que.
Ajuntou: reuniu
Espanto: susto.
Arre égua: caramba!
Fobar: contar vantagem.
Siá: Forma sincopada de Sinhá, que por sua vez vem de Senhora. No Piauí é palavra de uso restrito das mulheres ou dos gays.
Sucesso do rádio de pilha: acontecimento de sucesso.
De comer: comida.
Aribê: grande quantidade.
Capitão: comida amassada com as mãos.
Paixão: cozinheira famosíssima do Mercado da Piçarra, bairro da zona sul de Teresina.
Sarapatel: prato feito com os miúdos do bode ou do boi.
Bê-erre-ó-bró: os meses terminados em BRO são os mais quentes do ano (setemBRO, outuBRO, novemBRO, dezemBRO).
Pino do mei dia: meio-dia.
Apresentado: exibido.
Bom que chia: bom demais.
Taipeirão: grande quantidade.
Frescar: Ficar de “frescura”, chatear, mexer com alguém.
Só quer ser: usa-se para criticar pessoa que quer passar pelo que não é.
Cagaita podre: Deliciosa frutinha doce-azeda, muito comum nos cerrados do Piauí e do Centro-Oeste. Com um detalhe: a fruta é laxante, por isso só deve ser consumida gelada, senão dá uma disenteria daquelas de assoviar por trás. “Fulano? Hum, aquilo num vale uma cagaita podre”. Ora, se quente a fruta já provoca esse tiroteio, caucule uma cagaita... podre.
Bom de taca: pessoa que fez alguma coisa errada.
Marmota: coisa esquisita.
E boi num lambe: e não tem pra ninguém.
Porrunchêro: pois um cheiro.
Dar fé: perceber.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Feliz 2010 Piauiês!


Um ano novo bem arretado pra vocês tudim!!!


Conselhos de um piauiense para um 2010 bem pai d’égua
 
Sobre as suas metas para o Ano Novo


  • Anote os seus querê e pendure num lugar que você enxergue todo dia.
  • Mesmo que seus objetivos estejam lá prá baixa da égua, vale à pena correr atrás. Não se agonie e nem esmoreça. Peleje.
  • Se vire num cão chupando manga e mêta o pé na carreira, pois pra gente conseguir o que quer, tem é Zé.
  • Lembre que pra ficar estribado é preciso trabalhar. Não fique só frescando
Sobre o amor
  • Não fique enrolando e arrudiando prá chegar junto de quem você gosta. Tome rumo, avie, se avexe
  • Dê um desconto prá peste daquela cabrita que só bate fofo com você. Aperreia ela. Vai que dá certo e nasce um bruguelim réi amarelo.
  • Você é um corralinda. Se você ainda não tem ninguém, não pegue qualquer marmota. Escolha uma corralinda igual a você.
  • Não bula no que tá quieto. Num seja avexado, pois de tanto coisar com uma, coisar com outra, você acaba mesmo é com um chapéu de touro.
  • As cabritas num devem se agoniar. O certo é pastorar até encontrar alguém pai d'égua. Num devem se atracar com um cabra peba, malamanhado e fulerage. O segredo é pelejar e não desistir nunca. Num peça pinico e deixe quem quiser mangar. Um dia vai aparecer um machoréi da sua bitola.

Sobre o trabalho
  • Trabalhe, num se mêta a besta. Quem num dá um prego numa barra de sabão num tem vez não.
  • Se você vive fumando numa quenga, puto nas calças e não agüenta mais aquele seu chefe réi fulerage, tenha calma, não adianta se ispritar.
  • Se ele não lhe notou até agora é porque num tá nem aí se você rala o bucho no trabalho. Procure algo melhor e cape o gato assim que puder.
  • Se a lida não está como você quer, num bote boneco, num se aperreie e nem fique de lundu. Saia com aquele magote de amigos pra tomar uns merol.
  • Tome umas meiotas e conte uma ruma de piadas que tudo melhora.

Sobre a sua vidinha
  • Você já é um cagado só por estar vivo. Pense nisso e agradeça a Deus.
  • Cuide bem dos bruguelos e da mulher. Dê sempre mais que o sustento, pois eles lhe dão o aconchego no fim da lida.
  • Não fique resmungando e batendo no quengo por besteira. Seje macho e pense positivo.
  • Num se avexe, num se aperreie e nem se agonie. Num é nas carreira que se esfola um preá.

Arrumação motivacional
  • No forró da entrada do ano, coma aquela gororoba até encher o bucho. É prá dar sorte, mas cuidado, senão dá gastura.
  • Tome um burrim e tire o gosto com passarinha ou panelada que é prá num perder a mania.
  • Prá começar o ano dicunforça:

  • Reflita sobre as besteiras do ano passado e rebole no mato os maus pensamentos.
  • Murche as orêia, respire fundo e grite bem alto: Sai mundiça !!!
  • Ah, e não esqueça do grito de guerra, que é prá dar mais sorte ainda: Queima gataral !!!


Agora é só levantar a cabeça e desimbestar no rumo da venta que vai dar tudo certo em 2010, afinal de contas você é piauiense.
E para os que não são da terrinha, mas são doidim prá ser, nosso desejo é que sejam tão felizes quanto nós.
Peeeeennnnse num ano que vai ser muito bom.
Respeite como vai ser pai d’égua esse 2010.

BALANÇO DE 2009.



Bem, aqui estou eu de novo. Como faço desde 2007, vim dizer como foi meu ano de 2009, observar o que aconteceu de bom ou de ruim e se eu aprendi alguma coisa com tudo isso.

Então, é assim, eu esperava mais de 2009 do que pude arrancar dele. Minhas expectativas foram grandes. Minha luta foi mínima. É, esperei muitas coisas. Esperei mesmo. Só isso. Esperei...

2009, além de tudo, foi um ano... normal. É. Diferente dos anos anteriores, desde que fiz 18 anos e passei a ser mais responsável  por tudo aquilo que acontece na minha vida. Sabe como é... Tipo, só coisas que acontecem na vida de todo mundo o tempo todo.

O ano começou em Parnarama-MA. Passamos lá a virada de ano: eu, Herlon e a família dele. Oito dias lá e voltamos pra casa. Planejamos ir pra Aracati-CE, no carnaval. Não deu certo. Fomos pra Parnarama. Choveu pra burro. Ficou mais difícil pra eu e Herlon nos vermos porque ele ficou sem moto. Tivemos muitas saudades. Depois de três meses sem receber minha afronta ao salário mínimo, saí da escolinha onde eu dava aulas de Inglês. Demorou mais dois meses pra eu receber o que me deviam. A Semana Santa foi a pior de todas as que eu posso me lembrar. Por isso quero esquecer. Em Maio eu descobri que ia gastar uma fortuna com médicos e exames. Eu não tinha uma fortuna. Eu e Herlon planejamos toda uma vida nova e promissora. Decidi sair do meu outro emprego. Tive que aguentar um mês inteiro sem xingar a minha egocêntrica patroa. Comemorei meu primeiro dia dos namorados. Eu e Herlon descartamos os planos de uma vida nova, deixamos só a parte promissora. Cheguei viva ao último dia de trabalho. Tive um aniversário maravilhoso. Tentei comemorar meu primeiro ano de namoro. Chorei de frustração. Fui ao nosso litoral depois de dois anos. Apresentei meu trabalho de conclusão do curso de Relações Públicas. Tirei 9,0. Comemorei com o Herlon. Eu e ele voltamos com os planos de uma vida nova e promissora. Comecei o semestre desempregada. Os dias passaram voando. Excesso de feriados prolongados. Fiz uma incrível viagem aos Lençóis Maranhenses com meu amor e uma turminha boa. Foi cansativa e perfeita. Nada de trabalho à vista. Herlon e eu descartamos de novo os planos de uma vida nova e promissora. Nada mesmo de trabalho à vista. Novembro passou que eu não vi. Chegou o Natal. Fiquei em casa com a família. Herlon foi pra Parnarama. Terminei o ano no mesmo lugar em que havia começado: Parnarama. Comemoramos o aniversário do Herlon e o Ano Novo. Agora é 2010.

Tá vendo? Nada de grandes acontecimentos. Eu sei que fui a grande responsável por isso. Não pensei que pudesse passar um ano tão apática. Não acho que foi um ano ruim. Mas eu poderia ter feito melhor.

Eu vi o quanto as pessoas evoluíram e cresceram e eu fiquei no mesmo lugar, do mesmo tamanho.

Mas a gente sempre tem que tirar alguma coisa boa de tudo. Olhei mais pra dentro de mim. Tive muito tempo livre pra isso.

Vivi uma luta diária comigo mesma. Fiquei entre o que eu queria  o que as pessoas queriam que eu fizesse. Mas eu quero tentar ser mais firme. Eu já consegui isso uma vez. Posso coneguir de novo. Eu tenho que ser a primeira a respeitar minhas opiniões.

Aprendi, durante esse ano, que às vezes você não deve ter receio de ser egoísta. A maioria das pessoas sempre é. Eu tenho que aprender a pensar mais em mim. Vocês acreditariam se eu dissesse como isso é difícil?

E não posso deixar de falar que, a maioria das emoções sentidas por mim veio do Herlon, claro. Esse garoto faz meu coração dançar um samba de vez enquando... Foi meu grande companheiro em 2009, o meu amor, o meu amigo. E eu o amo todo dia.

Então, foi isso! Mais experiência, mais maturidade, mais sabedoria... Ah, gente! Talvez não tenha sido assim tão ruim! Alguma coisa disso com certeza vai me ajudar no ano de 2010. Que venha, então!