quinta-feira, 29 de maio de 2008

Odeio!!!!


Odeio quem abre e não fecha a porta. Se a porta estava fechada, FECHA a droga da porta, PRINCIPALMENTE se o lugar tiver ar-condicionado. Odeio barulho. Odeio pessoas que falam alto. Odeio pessoas que riem alto demais. Odeio pessoas que querem contrariar as leis da física e ocupar o mesmo lugar que eu, ao mesmo tempo. Respeite o espaço da outra pessoa. Odeio que as pessoas me abracem ou me toquem, sem que eu as conheça. Odeio que me perguntem as horas no meio da rua ou em qualquer lugar. Você não vai morrer se não souber as horas, se isso fosse acontecer mesmo, você teria a droga de um relógio. Odeio pessoas que me perguntam se o ônibus delas acabou de passar. O que é que vai adiantar elas saberem? O ônibus não vai voltar, pelo amor de Deus! Odeio quem puxa conversa comigo em parada de ônibus, dentro de ônibus, em fila de banco. Odeio bancos. Odeio quando a ponta do grafite quebra enquanto estou escrevendo. Isso me dá nos nervos. Odeio dormir na casa dos outros. Odeio quando pegam as minhas coisas sem pedir. Odeio quando pegam minhas coisas emprestadas e não têm cuidado. Tenha zelo pelo que não é seu. Odeio quando pegam as coisas e não colocam no lugar onde elas estavam. Odeio quem bagunça e não arruma. Odeio pessoas que mentem ou escondem a verdade. Você mentiu pra mim? Escondeu a verdade? Pode acreditar, quando eu descobrir (porque eu sempre descubro) você tá fudido. Odeio pessoas que andam devagar demais no centro da cidade. Tem gente com pressa querendo passar!! Odeio quem bloqueia entradas e saídas enquanto procura o celular dentro da bolsa ou vê a melhor velocidade do vento pra poder sair na rua. Tem gente com pressa querendo passar!! Odeio quem me deixa esperando. Odeio quem marca e não aparece e nem dá satisfação nenhuma! Tenha um mínino de consideração para com a outra pessoa, isso é uma tremenda falta de educação. Odeio pessoas mal-educadas. Odeio dondocas. Odeio patricinhas. Odeio que me chamem de patricinha. Patricinha É A MÃE! Odeio serviço de atendimento ao cliente (SAC). Odeio operador de telemarketing. ODEIO quem quer se mostrar muito inteligente e na verdade não sabe de porra nenhuma. Você tem que ter embasamento para dizer as coisas e não ler só duas páginas de um livro de Freud e achar que já é psiquiatra (?). Isso me enche o saco! Odeio pessoas avarentas, mão-de-vaca, muquiranas. Isso é muito feio... tsc, tsc, tsc. Odeio quem quer exclusividade no msn e se irrita com a demora (insignificante) da resposta. Acorda! Isso aqui é internet!! A onda é que a gente faz VÁRIAS coisas ao mesmo tempo. Além disso, não tem só você no msn. Odeio pedido de atenção no msn. Odeio boyzinho. E-ca! Odeio quem fica esbanjando o que tem e humilhando as pessoas porque comprou um carro maior. Isso tem nome sabia? Chama-se "sem costume". Odeio lugar lotado. Odeio shopping em dia de sábado. Já viu a quantidade de crianças barulhentas que tem ali? Odeio crianças mal-educadas e os pais delas, porque eles devem achar bonito falta de educação, já que não quiseram dar um pouco disso pros filhos. Odeio quem não fala os plurais. Puta que pariu! Eles existem pra que, afinal? Odeio quem diz que eu quero aparecer só porque eu falo os plurais. Faça-me o favor! Esse comentário é pura falta do que fazer. Odeio lan house. Odeio quem diz que é minha amiga ou amigo, sem ter intimidade suficiente comigo. Se você não seleciona os seus amigos, eu seleciono os meus. Odeio quem pede desculpas depois de ter feito algo de errado, quando ela teve consciência de que estava fazendo algo de errado. Essas desculpas não são sinceras. Odeio que falem meu nome errado. Qualquer criança de cinco anos fala meu nome certo. Isso é só questão de limpar os ouvidos direito e prestar atenção quando eu so-le-tro o meu nome. Odeio quem cospe na rua. Isso é porco. Nojento. Falta de educação. Odeio copos de plástico. Não dos descartáveis mas, daqueles mais resitentes. Não me dêem água pra beber naquilo. É o mesmo que me matar. Odeio quem é falso-moralista. Odeio quem é barata de igreja, fala do "mau" comportamento dos outros e faz coisa muito pior. Nem adianta, você vai pro inferno primeiro que os outros, pode acreditar. Odeio quem me procura só quando precisa e quando EU preciso inventa um monte de desculpas fajutas. Isso é detestável. Odeio quem nunca atende o celular. A maravilha dessa tecnologia é que a gente pode levar essa meleca pra onde a gente for. Por isso, NÃO justifica, não atender a droga do celular. Alguém pode estar pedindo socorro ou algo do tipo.

Eu odeio tudo isso e mais um monte de coisa que eu não tô lembrando agora. Aliás, eu odeio esquecer as coisas.

E, sim, eu tô de TPM, por isso, mantenha distância, se você tem amor à vida!

terça-feira, 27 de maio de 2008

A felicidade.


"Tristeza não tem fim, felicidade, sim...

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve, mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar...

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval,
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento do sonho
Pra fazer a fantasia de rei ou pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

A felicidade é como gota de orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila, depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor"

(...)
(Tom Jobim e Vinícius de Moraes)

sábado, 24 de maio de 2008

Continuando...


...depois de ficar horas perdida no meio do mato, já eram quase duas horas da tarde. Como eu sabia? Eu sou uma garota que não gosta de perder tempo e tinha um relógio no braço. Então eu decidi andar. Cara, não ia adiantar nada eu ficar ali parada como aquelas árvores. E eu fui andando e andando, até que eu cheguei em uma linda cachoeira...

Putz! Era linda mesmo. E tava tão fresquinho...

Procurei uma pedra para sentar e vasculhei a minha bolsa atrás de coisas para comer. Tinha um monte de biscoito e salgadinho e eu levava uma garrafa com água. Tava até legal, se não fosse o fato de eu estar perdida no meio do mato.

Minha mão esbarrou em uma coisa dentro da bolsa. Era meu... celular!!! E eu tinha esquecido!! Mas... novidade: sem área. Porque ia ser bom demais e sorte demais e... essas palavras não combinam muito comigo.

Bom, descartada a hipótese de eu pedir ajuda pelo celular e não saber fazer sinal de fumaça (e nem ter COMO fazer sinal de fumaça) eu resolvi parar e relaxar e comer uns doces e não entrar em pânico porque, claro, iam dar pela minha falta e mobilizar uma equipe de buscas, os bombeiros, a polícia, o FBI, a NASA e o raio que o parta... (eu gosto de pensar que eu sou querida, tá?)

Era uma bela paisagem, era mesmo. E eu fiquei encantada com aquilo. Mas, de repente, eu vi algo se mexer por trás de umas folhagens e no susto, eu me levantei depressa, escorreguei e só senti uma dor forte na cabeça antes de tudo ficar escuro.

Gente! O que foi que aconteceu?! Me diz aí!! Sabe como é, né? Vai lá no comentário e fala.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Arrumei as malas...




Tá. Vamos brincar de "não-tenho-o-que-escrever-hoje".

Arrumei as malas. Humm... "Arrumei as malas", é bom (uma análise psicológica mais aprofundada vai dizer que eu tenho uma necessidade contida e absurda de viajar e fugir de tudo aqui, porque foi a primeira coisa que me passou pela cabeça...). Continuando...

Arrumei as malas. Uma mala, para falar a verdade, quis me livrar desse negócio de querer levar todo o guarda-roupa dentro de uma mochila. A primeira coisa que eu coloquei foi um biquíni e em seguida um casaco de lã bem macia. E rosa. Na verdade eu não tenho casaco de lã bem macia. E muito menos rosa. Mas ele apareceu no armário, vindo sei lá de onde e eu resolvi levá-lo. Eu sou uma pessoa que sente um frio absurdo em lugares tipo... frios.

Roupas íntimas, dobradas cuidadosamente, para economizar espaço, um pacote de... coisas íntimas (nunca se sabe, né?), coisas pra colocar na cabeça tipo, chapéus, bonés, toucas e lenços (isso é TÃO útil quando se tem um cabelo temperamental), produtos de higiene em uma necessaire, meias, um short, duas camisetas, três vestidos de verão... Calma. Ainda tem espaço na mala e, três, é um número bom. Não me perguntem porquê.

Acho que não falta... Ah! Um par de sandálias. Rasteiras. Confortáveis. E bonitas. E um par de botas que eu comprei numa promoção e nunca usei. Anh... Agora eu vou ter que colocar uma calça jeans. Porque... prestenção... Meias, botas, casaco e...??? Tem que ter uma calça jeans!

Tá, já chega.

E agora, o que é que eu faço?

Dinheiro. Dois anos e meio de economia, fui no banco e raspei tudo. E agora... Poxa, é uma brincadeira! Eu já comecei, agora é com você (quem quer que seja a pessoa que lê este blog...) Vai aí no comentário e diz o que é que eu faço agora... Pra onde é que eu vou??? rsrs

Cara... eu fui parar em Pedro II não sei como. Quer dizer... eu sei!

Eu tenho uma amiga, a Lelana. É, já dá pra saber porque nós somos amigas. Com dois nomes esquisistranhos desses, era de se esperar pelo menos alguma afinidade...

Então, a Lelana, que é de Pedro II, me convidou pra ir ao Festival de Inverno, coisa que eu sempre quis fazer.

A cidade estava apinhada de gente e aconteceu que, eu fiquei um pouco nervosa, pois, não sou muito chegada à multidões. Eu já disse aqui que tenho medo de gente? Pois é, eu tenho medo de gente. O que é tremendamente ridículo porque, convenhamos, tem gente espalhada por todos os lados! Que coisa, não?

Mas... respirei fundo, procurei na bolsa uma das inúmeras balas jogadas lá dentro e coloquei na boca. Nossa... como é bom sentir o açúcar invadindo o seu sangue. Pra mim, deve ser quase como a sensação de estar drogado. Só que é legal e vende em qualquer quitanda.

A Lé (é assim que eu a chamo), me levou pra casa da família dela, nós guardamos a bagagem e fomos aproveitar o Festival.

Tinha tanta coisa pra fazer... Nem sabia por onde começar. Mas, eu adoro cachoeira e essas coisas que tem natureza no meio. Decidimos fazer um desses passeios em que a gente anda horas e horas vendo planta, planta, planta... Olha! Mais planta alí! Eu gosto dessas coisas.

Então o nosso grupo saiu pra fazer a trilha e eu já estava super empolgada. Peguei o Mp4 pra ouvir uma musiquinha e comecei a caminhada. Tanta coisa linda, as cores, o verde, as árvores e as flores. E olha que flor mais linda ali na frente! Meu Deus... que coisa mais linda. Tão diferente... Acho que vou tirar uma foto, pensei.

- Lé! Vamos tirar uma fo... Lé? Lelana! Todo mundo!! Cadê as pessoas?!

Não tinha mais ninguém ali. Elas simplesmente evaporaram no ar!!! Quer dizer... não que elas tenham evaporado de verdade. Quer dizer... eu me distraí por alguns segundos. Mas qual era a finalidade daquilo ali, afinal?? Não é APRECIAR A NATUREZA???

É, eu estava perdida da Silva no meio daquele mato. E advinhem? Eu não sou boa em memorizar caminhos. Até porque... era tudo muito igual mesmo!

E agora??? O que é que eu faço???

Vá ao comentário mais próximo e deixe o seu recado após o bip.





terça-feira, 20 de maio de 2008

A BANDIDA


Quando eu estava estudando a disciplina rádio-jornalismo, no meu curso de Comunicação, nós tivemos que apresentar um programa. Ele poderia ser jornalístico ou de variedades, enfim... como a gente achasse melhor.

O meu grupo então fez o projeto do programa Rosa Shock - O programa feminino que nenhum homem pode perder. Ele era um sucesso na nossa turma.

No segundo e último semestre de rádio, o professor pediu que fosse feito um dingle, uma paródia ou uma rádio-novela. Nós optamos pela rádio-novela e durante mais ou menos uma hora nós ficamos na lanchonete falando coisas sem sentido e fazendo com que as pessoas nos olhassem como se todo mundo ali fosse maluca. Nós decidimos como seria a novela, o enredo, os personagens e eu me encarreguei de escrever tudo.

No dia seguinte eu cheguei lá com a novela A Bandida, que vocês acompanharão aqui e agora.


Personagens:

Teresa Joaquina - A Bandida
Alfredo Henrique - O gêmeo bom
Frederico Antônio - O gêmeo mau
Carlos Manoel - O filho
Theodora Puentes - A prima
Padre Emiliano - O Padre
Charllote Montreal - A amiga bandida
Lupita - A empregada fofoqueira
Pablo - O criado

A BANDIDA

A MANSÃO...

A mansão De La Fuente estava silenciosa, naquele momento. Um silêncio sufocante, desses que precedem as verdadeiras tragédias. O ar estava pesado e, talvez por isso, seus habitantes resolveram isolar-se em seus cômodos, como que se preparando para o que estava por vir...

No quarto lá em cima, uma mulher elegantemente vestida, bordava. Mas, apesar de sua grande habilidade, não entendia o porquê de estar errando o ponto tantas vezes. Aquilo não era um bom sinal.

De repente, a porta do quarto se abre e, com o susto, ela espeta o dedo na agulha.

- Ai!

Encostada na porta com os olhos saltados e a respiração ofegante, estava Theodora Puentes, a prima dos De La Fuente.

- Theodora! O que foi? Aconteceu alguma coisa?

- Uma desgraça, Teresa Joaquina! Uma desgraça!!

Teresa Joaquina levanta num salto da cadeira.

- Aconteceu alguma coisa com meu filho? Aconteceu alguma coisa com Carlos Manoel?!

Theodora avança até ela e lhe estende um telegrama. Com as mãos trêmulas, Teresa Joaquina pega o papel e lê o que está escrito.

- Ah, meu Deus... Não pode ser.

- Sim, Teresa Joaquina. Ele está voltando. Alfredo Henrique chega esta noite.

- Isto é impossível! Ele está longe há tanto tempo... Eu não vou suportar ficar frente a frente com ele novamente. Você sabe que ainda o amo.

- Sim, eu sei.

Teresa Joaquina pega a bolsa e caminha para a porta.

- Mas... para onde você vai, Teresa Joaquina?

- Vou até a igreja. Preciso ver o padre Emiliano.

Ao sair do quarto, já no corredor, ela esbarra em Lupita, a empregada. Mal sabia Teresa Joaquina, que ela ouvia toda a conversa por trás da porta. E como já ia longe não pôde ouvi-la dizer:

- Então quer dizer que o seu Alfredo Henrique retorna esta noite. Humm... Dona Charllote vai gostar muito de saber disso.

O APARTAMENTO DE CHARLLOTE...

Na cobertura de um prédio luxuoso, um corpo se estendia numa espreguiçadeira, à beira da piscina. Era um corpo de mulher, uma bela mulher de longas madeixas loiras. Ela usava óculos escuros e aproveitava a hora de pouco sol, quando o criado lhe trouxe o telefone em uma bandeja de prata.

- Telefone para a senhorita.

- Eu avisei para não ser incomodada!

- Mas... disseram que era urgente.

- Quem é?!

- Não quis dizer o nome, senhorita. Disse apenas que era a... prima da Finlândia.

- Ah... sendo assim... Eu vou atender. Anda! Sai logo da minha frente!

Quando o criado já se encontrava longe o suficiente, ela atendeu o telefone.

- Acho bom ter algo importante desta vez, Lupita. Ultimamente você só tem me dado informações inúteis.

- Desta vez é muito útil. U-ti-lís-si-ma, dona Charllote. A senhorita nem vai acredi...

- Deixa de enrolação e fala logo, estaferma!

- Ah... É o seu Alfredo Henrique. Ele chega esta noite.

- E quem mais sabe disso?

- Ah, só a senhorita Theodora e a Senhora De La Fuente: Dona Teresa Joaquina.

- Então Frederico Antônio não sabe que o irmão gêmeo dele está para chegar?

- Não, senhorita.

- Mas agora vai saber...

Charllote Montreal desligou o telefone e gritou para o criado:

- Pablo! Prepare o carro que eu vou sair!

NA IGREJA DO PADRE EMILIANO...

Teresa Joaquina entra apressada na igreja e encontra padre Emiliano ajoelhado no altar, fazendo suas orações.

- Padre!

- Teresa Joaquina! Mas o que há de errado, filha? Aconteceu alguma coisa?

- Uma tragédia, padre! Uma tragédia!

Padre Emiliano a leva até um dos bancos da igreja e pede que se sente.

- Diga-me, filha. O que está acontecendo?

- É Alfredo Henrique, padre. Ele estará de volta esta noite.

- Ah, não... Mas isso é terrível!

- Sim, padre. Frederico Antônio odeia o irmão, eles já não se falam há vinte anos. O que Alfredo Henrique poderia vir fazer aqui? Será que ele soube?

- Não. Ou você contou para mais alguém?

- Não, só para o senhor e em confissão.

- Então, só nos resta esperar, filha.

- Ah, padre...

DE VOLTA À MANSÃO DE LA FUENTE...

No escritório da mansão De La Fuente, um homem estava sentado atrás da escrivaninha. Foi quando Charllote Montreal adentrou o recinto.

- Olá, Frederico Antônio!

- Charlote! Mas que bom vê-la!

Charllote sentou-se na cadeira à sua frente.

- Eu acho que para você não vai ser muito bom, querido. Eu não trago boas notícias.

- E que notícias são essas?

(Um minuto de suspense)

- Seu irmão gêmeo, Alfredo Henrique, chega esta noite.

- O quê?! Não pode ser! Como é que você sabe disso?

- Chegou um telegrama, hoje, avisando sua chegada.

- Mas como?! - e bate na mesa - Uma notícia dessas e eu não sou avisado! Na minha própria casa!

- É que a tonta da sua prima pegou o telegrama e foi correndo mostrar para a sua mulherzinha, Teresa Joaquinha. Eu posso apostar que as duas estão armando alguma coisa. Você sabe que Teresa Joaquina ainda ama Alfredo Henrique (pausa). E se ele está voltando para fugirem juntos?

- Não!! Depois de tudo o que fizemos para separá-los, eu não permitirei que fiquem juntos! Jamais...

Ao sair do escritório Charllote encontra Teresa Joaquina, que acaba de chegar.

- Charlote! O que faz aqui?

- Anh... Vim vê-la querida. Como está você?

- Angustiada, Charllote. Muito angustiada. Venha até meu quarto que lhe contarei tudo.

Já no quarto, Teresa Joaquina conta o acontecido para Charllote, e esta, reage como se de nada soubesse.

- Oh, querida, isto é terrível! E o que você pretende fazer?

- Ah, eu... (e a campainha toca)

Ao soar da campainha, todos saem de seus esconderijos para ver quem acaba de chegar.

Teresa Joaquina e Charllote paralisam no meio da escada, Frederico Antônio pára na porta do escritório e Theodora vem da sala de jantar, enquanto Lupita abre a porta. E eis que surge...

- Alfredo Henrique! Você aqui?!

- Sim, meu irmão. Eu voltei.

O FIM...

Na sala de estar dos De La Fuente, todos se perguntam sobre o motivo que trouxe Alfredo Henrique de volta. O silêncio, carregado de dúvidas, só é interrompido com a chegada de Carlos Manoel.

- Mas o que é isso? Reunião de família e eu nem fui convidado?

Carlos Manoel pára de repente com a cena que vê.

- Ah, meu Deus... Estou enxergando mal ou estou vendo mesmo dois de você, papai?

- Não filho. Este é meu irmão gêmeo: Alfredo Henrique.

Frederico Antônio se dirige então ao irmão, para esclarecer de uma vez por todas, as dúvidas que o afligem.

- Mas então, diga-nos, Alfredo Henrique, o que o trouxe de volta até aqui?

- Eu vou ser direto, Frederico Antônio (suspense). Eu sei que você está falido e afundando em dívidas de jogo.

(Segue o burburinho na sala)

- Oh! O quê?! Não pode ser!

- Mas isto é uma infâmia, calúnia!

- Você sabe que não, Frederico Antônio.

Teresa Joaquina pergunta:

- Isso é verdade, Frederico Antônio?

- Mas é claro que não, mamãe! Este homem está mentindo!

Carlos Manoel avança para Alfredo Henrique, ardendo de fúria.

- Você é um mentiroso! Inveja a felicidade do meu pai! Sempre invejou!

- Mas que história é essa? - Pergunta Alfredo Henrique, confuso.

- Não seja fingido! Meu pai me contou tudo!

- Tudo o quê?!

Alfredo Henrique fica confuso com aquelas palavras, assim como os outros, ali presentes.

- Que você fez de tudo para seduzir minha mãe, impedindo-os de se casarem. Você é um monstro! Eu o odeio! Eu o odeio!

A REVELAÇÃO...

Teresa Joaquina, no ápice do seu desespero, corre até o filho e se agarra em seus braços sacudida pelos soluços.

- Não!! Não diga uma coisa dessas que é pecado mortal! Você não pode odiá-lo! Não pode!

- Por que, Teresa Joaquina? - pergunta Frederico Antônio.

- Oh! Eu não suporto mais guardar esse segredo comigo! Não suporto! (mais calma) Frederico Antônio (pausa) eu tenho uma revelação a fazer... (suspense) Carlos Manoel (pausa) não é seu filho.

(Mais burburinho)

- Oh! O quê?! Não pode ser!

- Carlos Manoel (pausa) seu verdadeiro pai (pausa) é Alfredo Henrique.

- Sua bandida! (Plaft!)

- Ah!

Frederico Antônio estapeia o rosto de Teresa Joaquinha, tamanha era a raiva que sentia.

Charllote avança na direção de Teresa Joaquina e também estapeia o seu rosto.

- Eu sabia que você não valia nada! Esse tempo todo você estava enganando todo mundo! Sua bandida! (Plaft!)

- Ah!

Enquanto isso, Frederico Antônio digere a notícia que acaba de receber. O menino que criara, não era seu filho. A raiva era tanta que ele desatou a desabafar tudo o que lhe vinha ao peito.

- Por isso você aceitou casar comigo tão depressa! Já esperava um filho dele! Você bem que mereceu tudo o que eu fiz para separá-la de Alfredo Henrique. (TAN-DAN!)

(Mais burburinho na sala)

- Oh! O quê?! Não pode ser!

- Sim, foi isso mesmo que vocês ouviram. EU armei tudo para separá-los. E com a ajuda DELA: Charllote Montreal!

Frederico Antônio aponta para Charllote e esta fica surpresa ao ser desmascarada.

(Há mais burburinho na sala)

- Oh! O quê?! Não pode ser!

Frederico Antônio se retira para o escritório e se tranca lá dentro.

Charllote Montreal corre até Alfredo Henrique e se ajoelha aos seus pés.

- Mas eu fiz tudo por amor, Alfredo Henrique! Eu sempre o amei! Eu o amo! Eu o amo!

Afredo Henrique afasta Charllote com um gesto brusco e se aproxima de Teresa Joaquina.

- Todo esse tempo fingindo ser minha amiga...

Alfredo Henrique segura nas mão dela e olha no profundo dos seus olhos.

- Sim, Teresa Joaquina. Nesses vinte anos, fomos vítimas dessa trama sórdida de intrigas, feita pelo meu irmão gêmeo e Charllote Montreal. Todo esse tempo sem você (pausa) e meu filho.

- Papai!

- Filho!

Teresa Joaquina, Alfredo Henrique e Carlos Manoel se abraçam emocionados quando se ouve o estampido. Todos se assustam.

- O que foi isso?

- Acho que foi um tiro, mamãe.

(Há burburinho na sala)

- Oh! O quê?! Não pode ser!

Correm todos para o escritório. Foi de lá que veio o barulho. Quando Teresa Joaquina abre a porta, vê a cena aterradora. Chocada, esconde o rosto no ombro de Alfredo Henrique. No chão do escritório, está o corpo de Frederico Antônio e em sua mão, um revólver. Theodora Puentes, a prima, corre até ele e se atira a seus pés, chorando convulsivamente:

- Ele está morto! Ele está morto!

(Há burburinho no escritório)

- Oh! O quê?! Não pode ser!

O padre Emiliano chega neste momento, sem entender aquela aglomeração no escritório.

- Mas o que está acontecendo?

Vendo aquele retrato de horror: o corpo de Frederico Antônio, sem vida, em cima de uma poça de sangue, depois de ter dado um tiro na cabeça, o padre pára de repente.

- Minha Nossa Senhora de Guadalupe... Mas o que aconteceu aqui?

Teresa Joaquina se aproxima do padre.

- Acabou tudo, padre Emiliano. Está tudo acabado. Ele pôs fim à própria vida...
FIM

E aguardem as próximas novelas: A SOFREDORA, A PROFESSORA, A INDIGNADA, LÁGRIMAS TRANCAFIADAS, A ÓRFÃ DAS PRADARIAS e similares.

Até a próxima!

sábado, 10 de maio de 2008

Ah, o amor...


Está tão difícil amar hoje em dia... E isso é bem estranho de se ouvir, vindo da psicopata-da-paixonite-aguda, ou seja: EU. Há algo de podre no reino da Dinamarca, se você quer saber. Pra isso estar acontecendo...

Vai ver eu cresci e minhas prioridades cresceram comigo ou eu passei a ter prioridades de verdade. Não sei o que é...

Vai ver os caras também não ajudam... tão desinteressantes e estáticos. Hoje em dia, se uma mulher quer namorar, ela tem que dar em cima, mostrar que está a fim e os caras, automaticamente, perdem o interesse quando descobrem isso, se eles chegam a demonstrar algum interesse...

Outro dia um amigo meu me disse que o problema é que eu não encontro um cara que acompanhe minha cabeça. Depois eu comecei a pensar nisso e fiquei bastante irritada de ter que concordar com ele, porque eu não tenho morrido de amores por ele nos últimos tempos.

Mas, o fato é que, nenhum desses caras acompanha mesmo... Ficam querendo se exibir, tentando me convecer de que são absurdamente inteligentes e sabichões. Isso me dá nos nervos! Já imaginou uma pessoa que tenta te impressionar o tempo todo e só te tira do sério porque fala um monte de besteira sem sentido?

Cadê a sensibilidade dos homens, hoje em dia? Cadê a conquista, aquele jogo de charme? Faz tempo que eu não sei o que é um cara ficar a fim de mim e a gente trocar aqueles olhares e sorrisos e se tocar sem-querer-querendo... E isso não quer dizer que eu não tenha ficado com uns caras aqui e ali, mas é só porque eu quis. Se dependesse deles... Eu ia morrer encalhada.

Os homens não prestam mais atenção na gente, no que a gente diz. E não tem aquele papo de que mulher não é direta e fica dando um monte de pistas falsas que o homem não entende. Eu não faço esse tipo de coisa, porque, se o homem já é lento com a gente dizendo tudo na cara, imagine se fosse ficar nesse esconde-esconde de palavras. Mas, mesmo assim, eles não prestam atenção. Sempre acham que sabem mais. Puta que pariu!

Esta semana eu estava no caixa do supermercado com uma amiga minha e coloquei um vasinho de margaridas que eu havia comprado, na esteira, enquanto ele nos atendia. Quando ele viu, foi logo perguntando:

- Quem foi que recebeu flores do namorado?

- Hum! Namorado que nada. Se a gente quer flores, hoje em dia, tem que comprar mesmo. - Eu disse.

- Eu já dei um (e prestem bastante atenção nesse número que ele mencionou...) buquê de flores pra uma namorada minha. Paguei o maior mico com aquelas flores no meio da rua (agora prestem bastante atenção na palavra "mico", mencionada pelo nosso querido caixa...).

E depois, esse mesmo cara, ficou me cantando durante todo o tempo em que me atendia e fez a maior propaganda do quanto ele era romântico e tal. Grande merda... Quem muito fala, pouco faz... já disse um grande sábio ou um desconhecido desses qualquer.

Um dia desses, um amigo da minha prima disse pra ela que ficou a fim de mim, quando a gente se viu pela primeira vez. Isso faz quase uns dois anos.
Então, nós (muito mais eu do que a minha prima), promovemos um encontro, que não foi a dois, porque tudo que envolve a Deianne é totalmente fora do esperado, por isso, ficou um monte de gente na sala da casa da sogra dela conversando sobre coisas sem importância. Nada romântico... Ele quase não olhou pra mim enquanto a gente conversava.

Mas... eu fui lá, sempre perseverante, consegui o msn, a gente conversou e ele disse que queria ficar comigo. Ótimo. Então começou com aquele negócio de msn, de mensagem de texto pelo celular, de longas conversas pelo telefone e o cara nunca tinha tempo pra gente se encontrar. Até que um dia... finalmente, a gente conseguiu. Passamos a manhã juntos, almoçamos juntos, conversamos demais... E esse foi o problema: só conversamos.

Poxa! Eu já tinha feito tudo! Será que teria também que atacar o menino e me agarrar no pescoço dele?! Assim, já é demassssss!

E eu posso com um negócio desses? (quando a história é verdade... ele acabou de entrar no msn.) O cara fala que quer ficar comigo, tanta conversinha, tanta frescurinha... e toda vez que a gente se encontra o CA-RA.NÃO.FAZ.NA-DA.

Senhor... guie meu caminho e, de preferência, que seja pra longe desse tipo encomenda. Vou te contar, viu? Isso dá na fraqueza da pessoa. Afff...

Outro caso bem típico foi quando eu resolvi dar uma chance de volta para um ex que, por sinal, tinha me dado um pé na bunda e depois se arrependeu. Ele estava atribulado com o processo de abertura da empresa dele e disse que, quando passasse a fase mais corrida, ele me ligava pra gente conversar. E eu esperei... esperei... esperei... esperei... Até que não agüentei e... liguei!

Era isso que ele estava esperando: EU tomar a iniciativa! Mas eu já tinha feito isso, no início de tudo. Eu praticamente tive que atacar o menino, senão a gente nunca ia ficar nem nada. Só que naquele momento, o interesse era todo dele. Eu tinha que ser a garota dessa vez e ser cortejada e não o contrário, como sempre acontecia. Mas ele entendia isso? Nããããããão...

Eu fico me perguntando, cadê os caras interessantes, inteligentes, românticos...? E o pior é que, quando eu encontro um exemplar desse ele está agarrado com alguma baranga. Toda mulher burra e feia tem namorado e, PELO AMOR DE DEUS, alguém me explica essa matemática aí, que o meu cérebro aqui tá lento.

O jeito vai ser eu entrar para a Congregação das Carmelitas Descalças e me casar com Jesus. E um recado para os garotos aí: eu não tenho um pingo de vocação, então, tenham pena das religiosas...

Por favor, mandem cartas para o endere... Ah! Pára com isso! Tá achando mesmo que o desespero tá grande assim?! rsrsrsrs

Porque, é bem verdade aquilo que dizem: antes só do que mal acompanhada. E pela qualidade da espécie masculina nos dias de hoje... Antes encalhada do que com um mané desses aí! Nam!

Colunista


Vou escrever para o 100 Eira Nem Beira.

O amigo Manoel Filho, dono desse blog aí, me convidou para ser colunista. Colunista, gente! Achei uma coisa tão chique, ser colunista... Aff...

Mas eu não vou deixar o meu querido Doida da Lua porque, aqui no meu terreiro eu faço o que eu quiser e, nada como a casa da gente.

Então é assim... eu vou escrever um artigo semanal (o Manoel chamou de matéria, mas eu prefiro chamar assim porque matéria lembra uma coisa muito séria e coisas sérias, geralmente são chatas e coisas chatas me tiram a concentração, além do que, matéria lembra jornalista e eu, apesar de ser formada, não quero nada com essa vida).

Nesses artigos semanais eu vou escrever sobre temas variados e de acordo com a minha vontade (que foi a parte que eu mais gostei, rsrs), o Manoel é um chefe muito bonzinho.

É como se eu fosse tentar esse negócio de ser jornalista... na verdade é quase como se eu fosse estagiária de um desses nossos meios de comunicação-bizarros-locais, porque eu não vou ganhar nenhum dinheiro com isso, mas com a diferença de que não vou ser obrigada a escrever só o que o editor mandar. Então, já que é pra não ganhar dinheiro sendo jornalista, que seja escrevendo sobre o que eu quiser. Eu sou uma garota esperta...

E, apesar da boa vontade do Manoel e da flexibilidade de prazo que ele me deu... eu vou tentar ser... como é mesmo a palavra? Ah! Responsável e cumpridora de prazos.

E agora eu fico o tempo todo pensando no que eu vou escrever primeiro... E eu nem sei como é esse negócio de ser colunista! Fico achando que vou ter que ler jornais e esses sites de notícias (que não sejam os daqui) e dos quais eu já fujo porque não gosto de ler isso, não. Podem me chamar de alienada ou o que for, porque eu mesma admito que sou meio assim, mas é que, essas coisas, ou me dão sono ou me deixam irritada por causa das matérias mal escritas (ou mal copiadas).

Então, eu espero que os leitores do Doida da Lua também leiam o 100 Eira Nem Beira pra ver como é que eu estou me saindo.

Até lá!!!