quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A Era da Modernização


Eu odeio computadores. E já tinha uma leve desconfiança disso, desde que o negócio todo saiu do Windows 98. Na verdade, eu odeio o Windows também. Na verdade, bem agora, eu estou com vontade de xingar a mãe de quem inventou essa meleca.

Quem foi que disse, afinal, que essa "trepeça" facilita a vida da gente? E quem foi que disse que, com a modernização, as coisas ficam mais fáceis? Pra mim, não fica porra nenhuma.

Nunca me passou pela cabeça que, nos dias atuais do século XXI, alguém conseguisse sumir com com um arquivo do computador, sem querer. Pois isso era bastante comum. Estou falando daquela época remota, em que pouquissississímas pessoas tinham computador em casa. E quantas estórias nós ouvimos de heróis que se aventuraram a trocar a máquina de datilografar, pelo moderno Personal Computer (PC) e, no meio de um texto, apertaram a tecla assassina que fazia tudo sumir, sem poder voltar nunca mais?

O tempo passou, as coisas foram melhorando e inventaram o Word. Você poderia salvar seus textos e evitar que eles desaparecessem de repente. Você poderia gravar no próprio computador ou em um disquete (alguém aí ainda lembra o que é?)

Ontem eu quis ser moderna. Gravar em um CD é muito mais chique, colega! Mesmo porque, esse computador novo não tem um "buraco" pra colocar disquete.

Pois bem. Eu "dei fim" no meu arquivo. Eu sumi com a droga de um trabalho de 52 páginas que eu passei DUAS SEMANAS fazendo. Eu quase ceguei, na frente desse computador e consegui evaporar com tudo em menos de UM SEGUNDO.

Eu sei, isso foi pura falta de inteligência. Quero dizer, não minha, mas... DELES. É. Aqueles nerds filhos da mãe que inventaram essa porcaria.

Veja bem. Vamos pensar com lógica. (Estou falando da lógica de pessoas absurdamente ignorantes sobre esse negócio estúpido chamado informática). Com o disquete (alguém aí ainda lembra o que é?), era só colocar lá, dar um nome pro arquivo, salvar e pronto, não é mesmo? Então, o que nós (pessoas absurdamente ignorantes sobre esse negócio estúpido chamado informática), vamos pensar do CD? "Pô, com CD deve ser mais fácil, já que é mais MODERNO, né?" Ledo engano companheiro...

Mas, aí é que está. Eles totalmente enganam a gente! Eu vou dizer porquê.

Eu coloquei o benedito do CD no seu devido lugar, movi o benedito do arquivo pro seu devido lugar no CD, dei um nome pra ele e cliquei em "GRAVAR ESSES ARQUIVOS NO CD". Pronto! Então eu pensei: "Putz! Muito fácil, cara! E eu que tava com medo dele me dar uma mordida..." (A esta altura, o povo que entende dessa merda já deve estar totalmente rindo da minha cara, né? Não ria da desgraça alheia. Isso é feio. Papai do Céu castiga).

Mas ele me mordeu. Quando eu terminei de "gravar" tudo, o drive de CD abriu sozinho, como se dissesse: "Pronto, colega. O serviço acabou". Então, eu coloquei ele de novo, pra verificar se eles estavam lá mesmo e... branco total. Não. Não é propaganda de sabão-em-pó.

Eu respirei fundo e comecei com aquele negócio de ser abóbora. Porque, tipo assim, aqueles arquivos infames, deviam estar ali, em algum lugar, brincando de esconde-esconde comigo. Porque, cara, olha só todos aqueles filmes e matérias jornalísticas que mostram o povo lá, encontrando arquivos criminosos, habilidosamente deletados pelos bandidos! Eu, tipo, não achei que fosse TÃO capaz de mandar um arquivo pra casa do cacete, sem passagem de volta.

Aí eu pedi ajuda. O meu irmão (que estuda esse negócio de software), me perguntou como foi que eu fiz e, quando eu respondi, ele disse:

- Ah, mas tem que gravar com o Nero, né? Windows não grava CD!

Primeiro: Quem diabo é Nero? Quer dizer, não foi aquele cara lá, que botou fogo em Roma?

Segundo: Se o Windows não grava CD, por que ele me fez PENSAR QUE ESTAVA GRAVANDO UM CD?

E é aí que está o negócio. Por que no lugar de: GRAVAR ESSES ARQUIVOS NO CD; não estava: A DROGA DO WINDOWS NÃO GRAVA CD, POR FAVOR, PROCURE SABER O QUE É A PORRA DO NERO PORQUE É ELE QUE FAZ ESSE TIPO DE SERVIÇO SUJO? Simples, meu Deus! O que é que custava?

Então, o que era pra ser uma coisa TÃO simples, virou um inferno e, agora sim, eu vou cegar de verdade (como se já não fosse cega o bastante), fazendo DE NOVO, NOVAMENTE, MAIS UMA VEZ, as 52 páginas e, desta vez, em apenas... 3 DIAS!!!

E isso tudo por quê? Porque eu quis dar uma de super antenada e não usar meu velho computador movido a lenha, que trava a cada intervalo de 10 minutos (quando ele está de bom-humor) e onde eu posso gravar tudo em um disquete, sem maiores problemas.

Ai, ai...

Alguém me mate.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Preguiça


Hoje eu tô com preguiça, meu Deus...

Preguiça de sair de casa, de pegar dois ônibus pra ir dar aula.

Por mim, eu ia pro quarto agora ler um daqueles romances em que a gente suspira de cinco em cinco minutos e só ficar lá... Sem nem sentir fome alguma. Me alimentando só daquelas letrinhas pequenas.

Até a mamãe escancarar a porta do quarto e perguntar carinhosamente:

- Menina! Tu já comeu hoje?? Te levanta! Vai almoçar! Faz uma vitamina! Come um sanduíche! Tem farinha láctea, neston!



Mamãe...



Eu quero ir pra uma praia, com pessoas queridas pra me acompanhar... Absorver o sol da manhã pela minha pele até ela ficar da cor de jambo. E quando a noite chegar, eu vou colocar um vestido rodado e uma flor no cabelo e os pés descalços, sentindo a areia embaixo deles.

Eu vou dançar o Samba da Bênção como se eu fosse a própria música...

"É melhor ser alegre que ser triste

Alegria é a melhor coisa que existe

É assim como a luz no coração..."

Eu vou levar a Merinha, a Jonilza, a Bel!! Porque a gente vai tomar vinho e rir muito de qualquer coisa que a gente diga.

E a brisa querendo levar os meus cabelos nem sei pra onde...



Ai, ai...



Agora é que eu tô com preguiça mesmo...

Aff...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

As pessoas bobas


Eu sempre gosto de ler este texto. Como uma forma de me lembrar que existem pessoas más neste mundo. Então, eu resolvi colocar ele aqui, de novo, pra vocês também darem uma olhada. Quer dizer... não totalmente. Também é uma forma de enrolation que eu achei pela falta de post nos últimos dias (rsrsrsrs). Eu estou com um pequeno problema de falta de tempo mas... aguardem! Porque... a vingança será maligna... hahahahahaha!!!! Mentira. Nada a ver com vingança. Só escrevi essa frase porque eu acho legal (rsrsrsrs). Doida, meu Deus... Tsc, tsc, tsc...


******************


Existem mais pessoas bobas, feito eu. É, existem mesmo. Não uma ou duas, mas um bocado o suficiente para que alguém escreva um livro sobre elas.
E é assustador. É realmente assustador quando você abre um livro que está ali, por acaso, e que você sempre olhou pra ele meio que assim, de lado, por achar que não é grande coisa e, de repente, vê a sua vida, contada por uma pessoa com quem você nunca conviveu e nem mesmo chegou a conhecer.
Isso significa que existem mais pessoas bobas do que a gente possa imaginar. Quer dizer... o que quero falar aqui é que pessoas bobas são... vocês sabem... pessoas bobas. Do tipo que acredita sempre nos outros e estão sempre dispostas a ajudar, mesmo que isso lhes sacrifique de alguma forma.
Bem, como foi com aquele cara lá... o “você-sabe-quem”. Bem, é claro que vocês não sabem de quem eu estou falando e nem eu vou dizer porque eu tipo, prometi a mim mesma que não iria mais pronunciar (ou escrever) o nome de “você-sabe-quem”, como uma forma de afastar esses acontecimentos ruins da minha vida.
O fato é que ele veio totalmente com aquela história de infelicidade inexplicável e questionamentos perturbadores e coisa e tal. E eu simplesmente deixei a MINHA vida de lado para, tipo... cuidar dele e tudo mais. E claro que, ele aproveitou o fato de eu ser uma pessoa boba pra me dar uns beijos e tentar me convencer de que eu iria me sentir muito melhor e ele também (principalmente ele, é claro) se a gente fizesse algo mais do que só trocar uns beijos. E, tipo, fala sério! Até uma pessoa boba feito eu, às vezes não é tão boba assim (o que eu devo agradecer desesperadamente a Deus ou seja lá que nome se dá à essa força divina que me impediu de fazer isso) e eu, saquei na hora (quer dizer, não na hora... quer dizer, demorou um pouco... mas antes tarde do que nunca, droga!) que aquilo não se tratava mais de infelicidade inexplicável, nem de questionamentos perturbadores mas sim de... ora, de sacanagem mesmo!
Mas, ainda quando eu estava envolta naquela coisa de “salvar a alma atormentada daquele rapaz”, quando eu tirei uns textos da Internet e dei pra ele ler, como forma de reflexão, ele mesmo ficou impressionado pela semelhança das coisas escritas naqueles papéis, com o que se passava exatamente na vida dele e eu também me impressionei, por isso dei pra ele ler.
O que me faz voltar ao fato assustador de que, às vezes, a gente pega um livro qualquer e lá nas suas páginas, estão escritas palavras que falam exatamente da sua vida, de algum momento difícil ou algo assim, pelo qual você esteja passando. É realmente muito, MUITO assustador.
O que me faz pensar que o decorrer da vida da maioria das pessoas, é meio que, mais ou menos parecido, tipo, com os mesmo problemas e coisa e tal.
O que me leva a questionar o porquê de ninguém fazer nada a respeito pra mudar a situação e viver de uma forma melhor, em um mundo melhor. Porque há solução para esses problemas e dificuldades da vida. Quer dizer... tem não é? Porque senão esses autores de livros de auto-ajuda não ganhariam fortunas em cima da desgraça alheia. Eles sempre têm a solução, se você quer saber.
O problema é que, apesar de agora eu saber que existem mais pessoas bobas no mundo do que de fato eu imaginava... só elas seriam bobas o suficiente para levar ao pé da letra o que dizem esses livros. Mas, nós, as pessoas bobas, somos simplesmente insuficientes, com relação ao número de pessoas “espertas”, para podermos mudar alguma coisa neste mundo.
A minha única esperança, na verdade, é que em algum desses livros que assustadoramente contam a minha história... que em algum deles... tenha um final feliz.

Por Lanussa Ferreira

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

DD



Quando eu tinha sete anos e morava em Parnaíba, no litoral piauiense, eu conheci a Deianne. Era uma "culuminha" (como dizem os parnaibanos), de uns três anos de idade que falava como se todo mundo fosse surdo (o que, devo dizer, não mudou muita coisa, dezessete anos depois).

Aquela coisinha cheia de cachinhos, parecia um tornado em miniatura que, hora estava aqui, hora estava ali, arrastando o que via pela frente, tudo isso falando um monte de coisa ao mesmo tempo. E gritando, claro, sua maior especialidade. Principalmente o nome do meu irmão mais novo, pelo qual nutria uma paixão avassaladora. Algo como: "Pediiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!!" Era a única que chamava o Pedro Henrique assim. Acho que isso era estratégia para criar uma intimidade exclusiva com o amor dela.

Os quatro anos de diferença que existem entre nós, nunca foi um problema. Porque é uma coisa absurdamente simples, entende? Eu sou a mais velha, tenho juízo, paciência, serenidade, bom humor e a Deianne... bem, ela é a mais nova!

Dois anos depois de voltar para Teresina, lá vem a DD, morar aqui também. E trouxe na bagagem, uma irmãzinha que ainda não tinha nascido quando eu vivia em Parnaíba. Mas, eu não vou falar dela agora porque a Dainna, é um caso BEM a parte.

Durante todos esses anos em que convivemos, nós levamos o negócio da idade muito bem. A DD ainda alcançou o tempo em que eu brincava de bonecas e nós fizemos muito isso. E ela continuou brincando, enquanto eu já não achava tão interessante. Por isso, nós nos distanciamos um pouco.

Essa distância de que eu falo, não era física. O negócio é que nós não tínhamos mais os mesmos assuntos e interesses, tipo, Barbies e tamanquinhos da Xuxa. Mas, apesar dessas coisas, a gente se divertia muito quando se encontrava. Nas viagens pro interior, nos banhos de riacho, quando nossas famílias saíam pra almoçar ou jantar fora, nos fins de semana e nos churrascos na minha casa ou na dela. E aquela viagem pra Parnaíba, hein?! Nossa... Como foi bom, né? rsrsrs.

O fato é que a DD é minha prima. E quando a gente se apresenta assim, as pessoas sempre questionam qual o nosso grau de "primidez". A gente meio que se diverte olhando a cara do povo, tentando entender COMO nós somos primas. E a gente nunca conta. Mas... eu vou dizer aqui.

Os nossos pais são só amigos. Não temos nenhum laço de sangue que nos faça parentes. Mas a questão é essa aí. Os nossos outros primos (aqueles que a gente quase nunca vê e quando se encontra, fica pouco avontade), nos foram impostos, enquanto que nós escolhemos ser primas. E tanto, que já acreditamos absurdamente nisso.

A prima DD cresceu e nossos interesses voltaram a ser mais ou menos os mesmos, apesar de eu já estar na universidade e ela ainda na escola (eu sei que ela vai odiar essa parte, hehehe). Nós começamos a passar mais tempo juntas e formamos uma turma legal que saía pra comer pizza ou cachorro-quente e fazia barracos em praça pública enquanto a comida não chegava. Barracos especiais, estrelados por Deianne e Dainna, como só essas duas sabem fazer.

Essa Deianne já me fez passar muita vergonha... Já desgraçou alguns esquemas meus... Já me fez querer pular no pescoço dela por ser tão teimosa e egoísta, às vezes... e irritante... e gritante... e estressante... e os outros "ante" que existem por aí.

O último namorado dela deu um trabalão pra gente... quer dizer, ELA deu um trabalhão pra gente. Por ser terrivelmente ciumenta e possessiva e obcecada por aquela figura magra, curvada e vagarosa, que se arrasta por aí. O que eu também não entendi, é o porquê de eu ter gostado tanto dele e defender o probrezinho toda vez que a Deianne inventava uma coisa pra atentar o juízo da gente.

Essa macaca me ligava a cada dois dias, chorando aos montes, dizendo aquela mesma frase: "Snif, snif, snif. Lanussa, eu o o Jefferson... snif... não estamos... snif... bem... snif. Vem aqui, por favor!!! Snif, snif, snif!!!" E lá ia eu, mobilizar os amigos pra fazer a DD ficar bem com o Marcolino (para os íntimos, rsrsrs) e informar pra ela que, se continuasse a chorar daquele jeito... ia morrer desidratada, droga!!

E eu defendi tanto esse macaco do Jefferson que, nove meses depois do último término de namoro, nasceu Maria Klara.

E claro, eu fui uma das primeiras a saber e estava lá com eles dois, quando resolveram dar a feliz notícia para os meus tios que, eu nem sei porque, não acharam a notícia tão boa assim... Poxa... só porque a DD tava no segundo vestibular sem conseguir passar, com apenas dezenove anos, que não gostava de fazer NADA em casa e o Jefferson, assim como ela, era sustentado pelos pais e não tinha nenhuma perspectiva de vida? Afinal, era um bebê que vinha aí!! Mas eles não viram a coisa muito pelo meu ponto de vista...

Eu fiquei ali com ela o tempo todo e deixei até de sair com um cara que eu estava totalmente arriada, pra fazer paçoca de carne, porque ela tava com desejo.

E eu fiz isso, da mesmo forma que ela fazia quando eu ficava com dor de cotovelo por causa dessa peste chamada HOMEM. Ela, às vezes, me surpreendia com certas atitudes.

A DD, é minha prima, mais que todas as que eu tenho. Ela é meio doida do juízo, pede a minha presença o tempo todo, ri de tudo o que eu falo e faz uma dança do índio bizarra e eu rio junto só de olhar ela fazendo isso. Nós nos tornamos "primigas", como ela mesma diz e praticamente inseparáveis. Principalmente agora que nós temos a Maria Klara pra babar, porque descobrimos que é o único bebê que gosta da gente e vice-versa (rsrsrsrs). E além de tia, eu sou madrinha dessa lindona.

A maternidade só fez bem pra ela. E como!! Ela se tornou uma pessoa mais bonita, por dentro e por fora, ficou menos egoísta e descobriu uma simpatia repentina por trabalhos domésticos. Eu, que nunca pensei que a palavra Deianne e mãe, caberiam na mesma frase, fiquei realmente feliz quando vi o amor que ela tem por aquela gorduchinha sorridente.

A gente já passou por muita coisa juntas (e só pra confirmar isso tudo aqui, tive que interromper o texto pra atender uma ligação DELA, me pedindo, claro, pra aparecer na casa dela hoje) e eu espero que essa amizade de primas doidas continue enquanto a gente viver, porque eu já me acostumei totalmente a ter essa macaca atentando o meu juízo. Aff...

DD, eu te amo, mesmo quando tu ignora a palavra SEGREDO, quando eu te conto alguma coisa. Te ter na minha vida é estar bem longe de um negócio chamado TÉDIO, sua macaca maluca.

Ainda bem, Pai, que a Maria Klara tem uma madrinha...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O orkut foi o responsável


Ainda era Outubro de 2007 e eu estava relativamente feliz, especialmente pelos dias alternados em que eu era uma abóbora (há algo sobre ser abóbora em algum post abaixo).

Pois bem, enquanto eu colocava fotos novas no meu orkut, aconteceu um troço que eu não sei explicar e as fotos já carregadas, sumiram de repente. Então eu pensei: "Droga! Mais uma frescura nova desse orkut pra encher o saco!"

O problema é que, depois disso, eu não consegui mais acessar o meu orkut. E demorou mais ou menos uma meia hora, até eu descobrir que tinham roubado minha senha e mudado TODO o meu perfil. Porque lá, deixava bem claro que eu era uma piriguete-fumante-e-cachaceira (piriguete bissexual, devo acrescentar).

Putz! Eu fiquei maluca com aquilo ali. Porque a droga daquele perfil tava totalmente falando horrores ao meu respeito, com a minha foto e, aparentemente, eu não podia fazer nada!!!!

O fato é que, depois de proferir todos os palavrões de que eu tenho conhecimento (alguns que eu nem sabia que tinha conhecimento e outros que eu inventei também) e me acalmar um pouco, eu, minha irmã e uns amigos, denunciamos o meu orkut (que não era mais meu) e em poucos dias, o pessoal que inventou aquela meleca, deletou a marmota que fizeram pra mim.

Depois de um ano e meio, voltei então a fazer parte do Movimento dos Sem Orkut. E não estava com a mínima vontade de ter outro porque eu, tipo, não queria passar por aquela porra toda de novo. Resolvi retornar à minha vidinha de antes, em que não era obcecada por ver a página de recados a cada cinco minutos, pra ver se tinha um novo e adicionar um monte de comunidades que eu nunca visitava.

O problema era: o que eu iria fazer no computador, justamente no horário em deveria estar fazendo algum trabalho importante da universidade ou coisa do tipo?

Poxa... Nada pra me distrair e atrasar os meus trabalhos até eu ficar maluca sem saber como iria escrever 60 páginas de um livro-reportagem em duas semanas (esse foi meu trabalho de conclusão de curso e eu escrevi assim). Eu fiquei realmente preocupada com isso. Fazer os trabalhos, na hora real em que deveria fazê-los, é totalmente muito chato. Tipo, só coisas sérias e escritas numa linguagem irritantemente técnica e repetitiva, porque parece que os seus professores gostam tanto de um determinado assunto que, resolvem falar só sobre ele, TODOS ao mesmo tempo e em TODOS os semestres, mesmo que você e seus colegas supliquem para que eles dêem chance às outras áreas que envolvem o seu curso. Porque, acorda, o que eles fazem a gente pode conseguir depois, numa especialização. O que é até melhor, porque a gente pode escolher o assunto, né?

Mas... E das colinas distantes, eis que surge... a Luz!

Muito por acaso eu achei, em uma pesquisa feita no Google, um blog bastante interessante e criativo. E eu pensei: "Puxa vida, esse negócio de blog é legal!"

Então me meti nessa história de fazer um blog e me diverti bastante durante uns dias, só na parte de deixar tudo isso aqui, com a minha cara. Ah! Até consegui atrasar uns trabalhos com bastante competência. E acho até que me superei, porque eu nem tenho certeza se passei ou não, no semestre. Pessoas, não façam isso em casa, hein! Isso é só para profissionais. Quero deixar claro que, eu demoro pra fazer as tarefinhas, mas faço. Não tenham medo de me ver no mercado de trabalho. Embora eu já tenha decidido não ser jornalista.

E foi assim que isso aqui aconteceu. O orkut me deixou furiosa e eu fiz um blog pra passar o tempo e dividir, com quem quer que sejam as duas pessoas que lêem isto, as coisas malucas que acontecem na minha vida e o que eu penso sobre outras tantas.

E... Tá! Eu fiz outro orkut pra mim. Mas é que os amigos insistiram tanto... Tá! Foram só três pessoas, mas três pessoas MUITO importantes na minha vida.

E vejam pelo lado bom!! Agora eu tenho o blog E o orkut pra me tirar a atenção dos trabalhos acadêmicos!!rsrsrsrsrs