terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Casa... o quê???




Eu já disse em alguns posts abaixo que, decidi ser mãe solteira. Um dos motivos, é que eu quero evitar que meu filho tenha que fazer terapia antes dos dez anos de idade. Porque, a vida conjugal de alguns pais, acaba fazendo isso.

Na verdade, eu nunca pensei em me casar. E não me perguntem por quê. Isso eu também não sei responder. Fosse agora, eu diria: "Ah! Eu tenho trauma de casamento porque eu já sou grandinha o bastante pra entender como é que funciona a coisa. Além disso, fala sério, eu convivo com duas pessoas casadas (que às vezes querem se matar) lá em casa".

Porém, isso é uma coisa que vem desde a minha infância. Sério! Quando eu era pequena, a maior parte do tempo eu e minha irmã brincávamos sozinhas. Se a gente ia brincar de casinha, como éramos duas meninas, eu era a mãe (tem que ter uma certa hierarquia e eu nasci primeiro) e ela era a filha. Não tinha pai porque não havia nenhum menino. Isso já estava óbvio. Mas eu fazia questão de dizer: "Larissa, não tem pai porque ele morreu". Isso mesmo. Eu preferia ser viúva a ser casada. E se tiver algum psicólogo lendo isso aqui me diga, pelo amor de Deus, porque diabos eu fazia isso. E meus pais só estavam com uns cinco anos de casados e as coisas ainda eram flores. Então eu não tinha exemplo de casamento psicopata e, se tinha, eu não sabia, porque era só uma criança e não queria outra coisa além de comer, dormir e brincar.

Com o passar do tempo, conforme eu fui crescendo, as coisas foram piorando. Eu comecei a ter pesadelos terríveis com esse negócio de casamento.

Estava eu linda, vestida de noiva, pronta para entrar na igreja e com aquela mesma angústia que a gente sente quando sonha que está caindo de um lugar muito alto.

Nos sonhos (ou pesadelos, né?) eu sempre sou uma noiva querendo fugir. Eu acho até que aquele filme Noiva Em Fuga, foi inspirado em mim e eles nem sabem. É uma aflição interminável, o que eu sinto. Detesto ter esses sonhos.

Eu já sonhei que me casava com um homem velho (quase com o pé na cova), também já sonhei que meu pai me obrigava a casar com um "cabôco" do interior, vestido com aquela roupa de domingo e faltando dois dentes na frente (e claro que nesse eu fugi e me atirei dentro de um açude) e até já quase me casei com um indivíduo que, tava na cara de todo mundo, era assumidamente gay.

Esses sonhos me perseguem até hoje. E eu não tenho idéia de quando (e se) isso vai acabar.
O que eu sei é que, casamento é um troço muito complicado. Quer dizer, você tem que dividir o mesmo teto (e o mesmo quarto, o mesmo banheiro, às vezes o mesmo carro e até a escova de dentes, sem esquecer da melhor parte: as contas), com uma pessoa que não é seu parente, portanto, não te dá obrigação de aturar todos os defeitos terríveis daquela pessoa. Tipo, como a gente tem com os irmãos e com os pais.

Os pequenos problemas do dia-a-dia, se tornam motivos para uma terceira guerra mundial e, há mal entendidos que não deveriam existir mas que, são inevitáveis quando um dos dois tá, tipo, de TPM e coisa e tal.

E eu não sei porque, com o passar do tempo, os casais vão adquirindo uma intimidade absurda e totalmente desnecessária. Argh!

Quero deixar bem claro aqui que, não sou a do contra, quando o assunto é casamento. Nem abro a boca pra dizer que NUNCA vou me casar. Eu acho casamento uma coisa bonita e, se um dia eu entrar nessa, vou levar esse troço a sério mesmo. Eu até guardo secretamente (agora nem é mais tão secretamente assim), um caderninho com idéias para a festa do meu casamento. Porque, ora, a gente tem que estar preparada pra tudo!

O negócio é que eu não me deixo iludir por essa história de que eu vou encontrar um cara legal (hoje em dia, só isso já tá valendo) e que nós vamos nos apaixonar e ter filhos lindos, sermos muito felizes e morrer velhinhos, um do lado do outro.

Tá certo que há casos que são (e foram) assim. Mas casamento é pra pessoas corajosas e... eu ainda não tô com essa coragem toda, não. Não estou preparada (e nem sei quando vou estar) para me aventurar nessa montanha-russa. Até porque... eu totalmente não gosto de montanhas-russas.

Porque, pra mim, no Mundo Ideal, o casamento seria assim...

Você acorda linda, com o hálito fresco e os cabelos em ordem (ainda mais se o cabelo for temperamental como o meu). O casal divide as tarefas domésticas e ele lava suas próprias cuecas. Tipo assim, se eu lavo as minhas calcinhas, por que ele não lava as cuecas dele?

Há sempre um acordo quanto a organização da casa: eu não penduro minha calcinha (de novo as peças íntimas...) no box do banheiro, até porque eu também acho isso um horror e ele não deixa a toalha molhada em cima da cama ou... caída no chão ou... pendurada na cadeira da sala ou... seja lá onde for que ele coloque a droga da toalha!

No Mundo Ideal, as discussões seriam meio que assim...

ELE: "Amor, vou pedir uma pizza pra gente".

ELA: "Ah, meu bem, pizza de novo?! A gente já comeu pizza três vezes essa semana".

ELE: "Mas eu gosto de pizza".

ELA: "Eu sei, eu também gosto. Mas essa semana já chega, né? Pede comida japonesa!"

ELE: "Mas eu quero pizza!"

ELA: "E eu quero comida japonesa!"

E quando parece que a coisa vai pegar...

ELE: "Pizza pra mim, sushi pra você.

ELA: "Tá bom".

Simples assim. O negócio é cada um pensar no outro e não cada um pensar em si mesmo.

Ele entende a TPM...

ELA: "Luis Henrique Oliveira Machado JÚNIOR!!! Eu não pedi pra você trazer margarina do supermercado??"

ELE: "Pediu, sim. E eu trouxe".

ELA (já ficando vermelha): "Light, Luis Henrique?? Margarina light?? (como se estivesse contaminada por coliformes fecais) Você sabe que eu deteeeeeeesto margarina light!!! Só porque você come essa porcaria, acha que eu sou obrigada a comer também??"

ELE (com toda a paciência do mundo): "Claro que não... por isso eu trouxe margarina comum pra você".

ELA: "Eu não tô vendo margarina comum aqui, Luis Henrique!!!!"

ELE: "Tá aqui, meu amor. Embaixo do pacote de feijão".

ELA (prendendo a respiração e estreitando os olhos): "Mas é claro!! Você sempre dificulta as coisas, Luis Henrique!!! SEMPRE!!!"

ELE (estendendo os braços): "Ô, amorzinho.... É TPM, né? Dá aqui um abraço".

ELA: "Passou... (suspiro)".

Em troca, ela não faria questão que ele fosse jantar na casa da mãe dela e jogar dominó com o tio Armando de 72 anos, enquanto ele contava sobre os anos em que trabalhou numa fábrica de tijolos, tudo isso no dia em que o escritório tava uma zona porque a secretária ficou doente e a substituta fazia intervalo pro café a cada meia hora (e ele teve a impressão que no último deles, ela estava no banheiro pintando as unhas...).

Ele seria um pai carinhoso e atencioso. E ajudaria fazendo a sua parte na criação dos filhos. Eles resolveriam tudo na base da conversa, sempre pesando bem todos os lados. Cada um também teria seu momento de individualidade, pra não esculhambar de vez o negócio. Tipo, o futebol com os amigos e o chá com as amigas.

Duas pessoas centradas, adultas, agindo como tal, sem fazer da vida de ninguém o inferno em cima da terra. Pra mim, seria mais ou menos assim, esse tal de casamento. E toda a energia extra que se economiza com a inexistência de brigas e discussões idiotas, deveria ser aproveitada para algo mais produtivo, tipo, a cura do câncer ou coisa assim.

Eu tenho ou não tenho razão???



2 comentários:

Deianne Portela disse...

É prima tabm possso dzer q vc ta certissima e tem toda razao...Tudo poderia ser tao facil,e os casais so dificultam...por isso q eu dgo:"Se junte,se imende,se grude...MAIS NAO CASE NUNCAAAAAAAAAAAAAAAA!"Bjim prima..

Anônimo disse...

"também já sonhei que meu pai me obrigava a casar com um "cabôco" do interior, vestido com aquela roupa de domingo e faltando dois dentes na frente (e claro que nesse eu fugi e me atirei dentro de um açude)"

kkkkkkkkk

eu ri demais disso e do caso da margarina light, rsrs...

Mas concerteza você está certa em não procurar se casar assim, dessa forma...

Pode ter certeza que Deus está preparando para você um homem que vai te fazer uma mulher extremamente feliz, e que vai de fato te completar, e você vai completar ele, e vocês se completarão um ao outro e serão uma só carne, é preciso apenas colocar Deus no centro da relação, e deixar (dar liberdade de Deus ser Deus) Deus ser Deus na vida de vocês... quando surgirem um problema, vocês vão orar juntos, clamar, colocar seus corações contritos e sedentos diante Dele, e Ele vai derramar Paz, Amor dentro do coração de vocês dois, e vocês serão testemunhas do que Deus pode fazer em uma relação, e isso encorajará casais a buscarem não os proprios desejos, os proprios anseios, e sim os desejos de Deus na vida a dois...

bom d+...

O relacionamento perfeito é aquele que Deus está no centro do relacionamento, quando o relacionamento está edificado em Deus, é como uma arvore na qual as raizes estão profundas, e no momento da seca, não terá sede, e no momento que vier um vento forte, não vai arrancar, por que as raizes vão estar Naquele que é a fonte autentica da felicidade, da paz e do amor...

Inté!